Aneurisma apical na CMH • Entresto na IM • Hipertensão secundária • Levantamento de peso
Eternos spin-offs
Figurinha rara que não queremos no nosso álbum
Artigo Original
Sabe a alegria de abrir o pacote e encontrar aquela figurinha premiada?
Com os aneurismas apicais em pacientes com Cardiomiopatia Hipertrófica (CMH) é o contrário: estão em apenas 2-5% dos pacientes, mas trazem um pior prognóstico.
Tanto que o último guideline da AHA já inclui esse achado dentre as características que fortalecem a indicação de implante de CDI.
Um estudo canadense, publicado no JACC: Cardiovascular Imaging, quis entender melhor essas figurinhas premiadas: estudou 160 pacientes com CMH e a presença de aneurismas apicais.
Já dava para imaginar: quanto maior o aneurisma, maior o risco de complicações como morte súbita, eventos embólicos e piora da função ventricular.
E mais, encontraram um ponto de corte: 2 cm.
Aneurismas apicais ≥ 2 cm tinham risco de morte súbita de 9,7% vs 2,9% dos < 2 cm em 5 anos.
Ou seja, paciente com CMH e identificou aneurisma apical nos exames de imagem? Já liga o alerta, especialmente se ≥ 2 cm!
Spin-off do Sacubitril-Valsartana
Artigo Original
A Casa do Dragão, Anéis do Poder. Parece que estamos vivendo a época dos spin-offs.
Só os Dozers nerds online.
Até as medicações estão entrando nessa onda: encontramos uma função derivada da original para o Sacubitril-Valsartana.
Foi publicado no Circulation o estudo PROVE-HF, que avaliou o uso dessa medicação para melhora da Insuficiência Mitral (IM) funcional em pacientes com miocardiopatia dilatada.
Estudo observacional com 794 pacientes que estavam em uso da dose máxima tolerada dessa medicação.
Após seguimento de 6 e 12 meses, obtiveram redução significativa no grau de regurgitação nos pacientes com IM moderada a grave.
Um detalhe: os pacientes que obtiveram melhores resultados tinham menores volumes sistólicos e diastólicos indexados do VE, menor volume atrial indexado e menor massa do VE indexada!
O que concluímos? Otimização terapêutica medicamentosa precoce ganhou mais alguns potinhos!
Parece conseguir melhorar a IM do paciente com miocardiopatia dilatada e evitar intervenções valvares cirúrgicas ou percutâneas.
E por falar em válvula…
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Esperamos que você, Dozer, esteja preparado para a revolução no aprendizado da cardiologia.
O start inicial se dará com o SPValve 2022 no dia 28 de outubro, liderado por Tiago Bignoto e toda a galera do The Valve Club.
O SPValve será um evento híbrido - presencial e online, com mais de 40 profissionais do Brasil e do Mundo, trazendo a fronteira inovadora da indústria e da tecnologia com foco na Cardiopatia Estrutural.
Serão debatidas as mais variadas formas de aplicabilidade do Heart Team, onde cada especialista faz a diferença na vida do paciente.
O The Valve Club vai inovar mais uma vez e promete novas surpresas que envolvem Network e Hands-On com simulações no ambiente metaverso.
A Doze já confirmou presença. E você? Clique aqui e se inscreva!
É guerra!…. Contra a Hipertensão Arterial
Artigo de Revisão
Velha guerra enfrentada pelos cardiologistas: contra a Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS), a nossa assassina silenciosa.
E a mais sorrateira e letal: HAS Secundária.
O JACC trouxe um reforço de peso nesse combate, com um belo Estado da Arte detalhando os fenótipos cardíacos da HAS secundária.
Principais pontos a destacar:
As formas secundárias de hipertensão, quando não tratadas, causam mais danos cardíacos do que a hipertensão primária e estão associadas a maior risco cardiovascular.
O dano cardíaco inclui não apenas hipertrofia miocárdica, mas também inflamação, fibrose, apoptose e necrose.
O tratamento específico e oportuno da hipertensão secundária é necessário para prevenir danos cardíacos.
E ainda, a figura central do artigo resume as principais etiologias e suas formas de acometimento cardíaco:
A importância da musculação
Caiu na Mídia
Time da maromba, você também merece o nosso respeito!
Sei que só falamos de aeróbico, caminhar > 10.000 passos, corrida etc etc na prevenção de eventos cardiovasculares.
Mas não podemos esquecer dos amigos da musculação.
Puxar ferro também tem sua importância!
O jornal BBC publicou uma matéria reforçando essa atividade.
Baseada em estudo britânico com quase 100 mil adultos, demonstrou que o levantamento de peso reduziu o risco de morte por todas as causas (HR=0,91 (IC 95% 0,88 - 0,94)) e morte cardiovascular (0,91 (IC 95% 0,86 to 0,97)).
O cenário ideal foi a associação de atividades aeróbicas + levantamento de peso, que levou a uma redução de eventos em 41%!
Parece que vale a pena puxar um ferrinho 1-2x/semana.
Imagem da Semana
Com certeza você já ouviu falar nos critérios de Sgarbossa para sugerir oclusão aguda em paciente com BRE. Mas já viu um ECG real com algum desses famigerados critérios?
O paciente apresentou-se com dor torácica e o ECG acima. Foi encaminhado para angioplastia primária que evidenciou um ramo intermédio ocluído agudamente.
Aproveitando a oportunidade, vamos relembrar os Critérios de Sgarbossa Modificados:
Supra de ST ≥ 1 mm concordante com o QRS.
Infra de ST ≥ 1 mm em V1, V2 ou V3.
Razão das amplitudes ST/S ou ST/R em qualquer derivação < 0,25.
Fique por dentro
📐 Já ouviu falar em CDI extravascular? Foi publicado essa semana no NEJM estudo demonstrando sua segurança e eficácia!
⌚️ O ECG está tentando acompanhar o AppleWatch! Inteligência artificial analisou características de risco do ECG de base para predizer o risco de FA, com publicação no The Lancet.
🔬 Avaliação histológica de placas coronarianas após morte súbita demonstrou que menos de 50% dos pacientes apresentavam complicações da placa ateroesclerótica!
📺 Escore de cálcio 0 no contexto de dor torácica aguda apresentou um Valor Preditivo Negativo de 98% segundo grande metanálise com mais de 92000 pacientes.
⛓️ IAMsSST é igual a estratégia invasiva precoce? Não nos pacientes com Doença Renal Crônica (ClCr < 45 mL/min/1.73 m2)! Foi o que demonstrou o estudo publicado no JACC: Cardiovascular Interventions.
💊 O uso de inibidores da SGLT2 e agonistas do GLP1 como primeira linha no Diabetes Mellitus ainda tem um custo-benefício ruim. Estudo publicado no Annals of Internal Medicine estima que o valor dessas medicações precisa cair cerca de 70% para que sejam custo-efetivas.