DozeNews - Cardiologia pela Doze por Oito

DozeNews - Cardiologia pela Doze por Oito

DozeNews PRIME 🥇

Angina refratária

O que fazer quando não há o que fazer?

Avatar de Doze por Oito
Doze por Oito
set 04, 2025
∙ Pago
5
Partilhar
Autor: Marcos Meniconi (cardiologista pelo Instituto Dante Pazzanese; hemodinamicista e especialista em cardiologia intervencionista pelo InCor)

Angina refratária é definida na literatura médica como dor anginosa persistente em pacientes com doença epicárdica obstrutiva (a famosa DAC obstrutiva clássica) apesar de terapia médica otimizada e revascularização realizada com sucesso.

Ou seja, DAC clássica tratada adequadamente mas que o paciente persiste com sintomas.

🤔 Só esses pacientes apresentam angina refratária?

Aí é que está a questão! Nos livros: sim! Na vida real, inúmeros pacientes apresentam angina ou sintomas relacionados à isquemia apesar do tratamento adequado.

Compreendemos hoje a complexidade e os inúmeros mecanismos relacionados a angina. Vasoespasmo epicárdico ou da microvasculatura, ponte miocárdica, disfunção de microvasculatura, dentre outros, são mecanismos já conhecidos de isquemia e que podem ou não estar associados à DAC obstrutiva.

Nada de novo no front de batalha. Temos muitos pacientes com angina a despeito do tratamento otimizado mas sua apresentação não é classificada formalmente como angina refratária.

Devido a este cenário, autores europeus de diversos centros propõem uma mudança na definição de angina refratária. A proposta é:

A angina refratária é uma condição crônica com duração mínima de 6 meses, causada por isquemia miocárdica desencadeada por DAC obstrutiva e/ou outros mecanismos, e é caracterizada pela persistência de angina ou sintomas equivalentes a angina, apesar da terapia anti-isquêmica estratificada máxima tolerada e da revascularização indicada viável.

É por isso que decidimos trazer essa edição da DozePrime: discutir um conceito que se renova a partir dos conhecimentos atualizados sobre a doença coronária isquêmica.

📚 Para isso, usamos como referência o artigo publicado no European Heart Journal em julho/2025.

Continue a ler com uma experiência gratuita de 7 dias

Subscreva a DozeNews - Cardiologia pela Doze por Oito para continuar a ler este post e obtenha 7 dias de acesso gratuito ao arquivo completo de posts.

Já é um subscritor com subscrição paga? Entrar
© 2025 Doze por Oito
Privacidade ∙ Termos ∙ Aviso de cobrança
Comece a escreverObtenha o App
Substack é o lar da grande cultura