Autora: Maria Júlia Souto (cardiologista e especialista em imagem cardiovascular pelo Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia)
Sim, o título é um pouco ousado.
Acompanhe o problema: os eventos cardiovasculares ainda são a principal causa de morte no mundo. Mesmo com toda a evolução no tratamento e o conhecimento acerca da prevenção primária, as síndromes coronarianas agudas (SCA) persistem no topo dos nossos problemas.
Observe o gráfico a seguir:
O número estimado de mortes por doenças cardiovasculares (DCV) aumentou de aproximadamente 12,1 milhões em 1990 para 18,6 milhões em 2019, correspondendo a 33% de todos os óbitos no mundo.
Esse aumento é consequência do envelhecimento e aumento da população. Quando olhamos por taxa de mortalidade padronizada para a idade (ou seja, em uma tentativa de equalizar como seria se todos os países tivessem a mesma proporção de pessoas jovens e idosas) notamos até uma queda nos últimos anos.
Ainda assim, pensar que 1/3 das pessoas do mundo morre de causa cardiovascular ainda é assustador. E precisamos entender onde estamos errando para perder tantos pacientes.
Já discutimos amplamente o contexto da prevenção e até da definição da doença coronária (isquemia x aterosclerose). Agora, vamos para o “fim da linha”, ou seja, o momento do evento, ou seja, da SCA.
A DozeNews Prime de hoje trará uma revisão acerca dos mecanismos conhecidos das síndrome coronarianas para que possamos ter uma visão mais crítica e, assim, fazer diagnósticos mais acurados.
Com base na revisão publicada no ESC em abril de 2025, a edição trará:
A SCA vai muito além do “supra ou não” ou da troponina;
Nem toda SCA é ruptura de placa: erosão e cura também são vilãs;
A SCA do jovem é real e multifatorial;
Imagem intracoronária muda tudo;
O futuro da SCA é fisiopatológico e personalizado.
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