Disfunção sexual em cardiopatas
Ei, cardiologista: já falou de sexualidade com seu paciente?
Autora: Maria Júlia Souto (cardiologista e especialista em imagem cardiovascular pelo Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia
A ideia de trazer esse tema para a DozeNews veio de uma história real de um paciente que atendi no consultório:
Após poucas semanas da sua internação por edema agudo de pulmão hipertensivo, o paciente comparece à consulta em uso de diversas novas medicações anti-hipertensivas e somente 01 queixa:
“Dra, que maldade fizeram comigo! Eu sou um homem de 50 anos, não dá para viver usando essa tal de espironolactona não, está acabando comigo.”
Spoiler: ele não estava falando de ginecomastia, hipotensão, tontura, nada disso. Ele se referia à disfunção erétil que ele vinha sofrendo desde o ajuste dos anti-hipertensivos e que ele direcionou a culpa à espironolactona após rápida busca online.
Naquele momento, minha dúvida foi acerca da verdadeira culpada de toda esta tragédia: a espironolactona? a somatória dos anti-hipertensivos? ou até mesmo um hipogonadismo após uma internação prolongada?
Por isso resolvi montar essa Prime sob um olhar fisiopatológico para entender a disfunção sexual em cardiopatas e o seu manejo.
“É raro, mas acontece com certa frequência”, e eu tenho certeza que você vai se deparar com uma queixa semelhante a essa no seu consultório e precisará estar pronto para tratar.
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