Autor: Mateus Prata (cardiologista com formação especializada em emergências cardiovasculares, residente de cardiologia intervencionista e hemodinâmica no Instituto Dante Pazzanese).
Quando falamos em dissecção, a primeira coisa que nos vem à mente é, claro, a aorta delaminada.
Mas em um contexto de síndrome coronariana aguda, podemos estar diante de uma dissecção das próprias coronárias.
Antes considerada rara, a dissecção espontânea de coronárias, com a melhora no seu reconhecimento, passou a ser melhor identificada e estudada (ainda com muito chão pela frente).
Assim, compreender seu diagnóstico e manejo se torna essencial - e extremamente prudente.
Hoje, ela representa cerca de 0,7-4% de todas as síndromes coronarianas agudas e pasmem, representa mais de 1/3 dos casos de SCA em mulheres com menos de 50 anos.
E ainda: é a principal causa de infarto em gestantes.
A Dissecção Espontânea de Coronárias (com a sigla SCAD que usaremos, do termo em inglês Spontaneous Coronary Artery Dissection), já não é tão "rara" a ponto de não poder ser estudada; no entanto, apesar do nosso melhor entendimento, ainda faltam orientações baseadas em evidências de alto nível para o cuidado agudo e a longo prazo.
Dessa maneira, essa edição da PRIME vem para revisar essa doença, com o objetivo de transmitir duas mensagens:
Não erre o diagnóstico;
Evite o stent.
Vamos lá?
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