Autora: Maria Júlia Souto (cardiologista e especialista em imagem cardiovascular pelo Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia)
Quantas vezes você já recebeu no consultório aquele paciente com múltiplos fatores de risco cardiovasculares e um extra: um ultrassom de abdome mostrando esteatose hepática?
Talvez a sua conduta nesses casos tenha sido orientar o paciente de que ele tem “gordura no fígado” e reforçar as medidas de mudança de estilo de vida e o controle dos fatores de risco.
Está errado? De forma alguma!
A questão é que a avaliação da Doença Hepática Esteatótica Metabólica (ou simplesmente MASLD, do inglês Metabolic dysfunction–associated steatotic liver disease) precisa ir além. Isso porque o acúmulo de gordura hepática não é mais visto apenas como um achado benigno, mas sim como um marcador e, possivelmente, um mediador de risco cardiovascular.
De olho nessa intersecção entre fígado e coração, o JACC publicou recentemente um excelente state-of-the-art review voltado ao cardiologista sobre o tema.
E o NEJM, alguns meses antes, já havia trazido uma ampla revisão destacando a MASLD como uma doença metabólica multissistêmica, com implicações que vão muito além do fígado.
São essas duas publicações que servirão de base para o nosso papo na DozePrime de hoje, para garantir que você nunca mais passe batido por um ultrassom com “gordurinha no fígado”.
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