Autor: Victor Bemfica (cardiologista e especialista em IC avançada e transplante cardíaco pelo Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia)
Vamos falar de tema campeão de pedidos? Com certeza é o diagnóstico e manejo da Hipertensão Pulmonar (HP) para o cardiologista.
Errados? Não estão! rs
Apesar de muito comum no dia a dia do clínico, o assunto costuma ser abordado sempre de uma forma muito superficial, desde a fase universitária. O resultado é um conhecimento centralizado nos especialistas de cada um dos 5 grupos, que veremos a seguir.
A boa notícia é: a Prime sempre está aqui para te salvar! 😉
Após a leitura desse texto, você sairá daqui sabendo no MÍNIMO o básico para não ficar com cara de bobo frente a um paciente com hipertensão pulmonar suspeita e/ou confirmada.
Então, vamos ao que interessa?
Primeiro, queremos lembrar que o grande foco aqui é atualização de qualidade e este texto será baseado, principalmente, na nova diretriz sobre o manejo da HP da ESC de 2022, junto a uns temperos de evidências específicas, separadas cuidadosamente pelo nosso time.
Contextualizando a HP
No cotidiano do cardiologista, é comum o achado ecocardiográfico de HP, que pode ser identificada em até 2,8% da população geral e em mais da metade dos pacientes com insuficiência cardíaca (IC)!
Quando vemos condições específicas, como a insuficiência mitral sintomática e a estenose aórtica importante, quase 100% dos indivíduos podem apresentar algum grau de elevação da pressão sistólica de artéria pulmonar.
Esse achado muitas vezes é “acidental”, já que a clínica de HP pode ser inespecífica ou vinculada às fases mais tardias nas quais se apresenta na forma de síndrome de insuficiência ventricular direita
Por que estudar a HP?
O diagnóstico de HP tem implicações prognósticas importantes e não é incomum vermos profissionais prescrevendo medicações específicas para HP indiscriminadamente, apenas pelos dados do ecocardiograma, o que em alguns contextos, pode aumentar a mortalidade!
❗Por isso, entenda logo de cara que o ecocardiograma é apenas um exame sugestivo e não diagnóstico de HP.
Quando há suspeita de acometimento direto da circulação pulmonar, está indicada medida hemodinâmica invasiva para estabelecer o diagnóstico, o que permite a correta identificação do território vascular predominantemente acometido (arterial pulmonar ou pós-capilar), direcionando o seu tratamento específico.
Os famosos grupos e suas causas
Continue a ler com uma experiência gratuita de 7 dias
Subscreva a DozeNews - Cardiologia pela Doze por Oito para continuar a ler este post e obtenha 7 dias de acesso gratuito ao arquivo completo de posts.