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Do balão ao stent: a trajetória da revascularização percutânea
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Do balão ao stent: a trajetória da revascularização percutânea

Vamos entender os benefícios e riscos de cada geração de stents.

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Doze por Oito
abr 05, 2023
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Autor: Marcos Meniconi (Fellow em Hemodinâmica do InCor-HCFMUSP)
Edição: Maria Júlia Souto (Fellow em Imagem Cardiovascular do IDPC)

Caro amante da Cardiologia, hoje vamos fazer um passeio histórico:

Desde a angioplastia por balão, passando pelos stents metálicos até os farmacológicos mais modernos, vamos percorrer todas as fases da evolução da revascularização percutânea.

Assim, poderemos entender, de uma vez por todas, as vantagens e riscos de cada tratamento, e como devemos orientar os nossos pacientes após a intervenção.


Do Balão ao Stent

Sem dúvidas não foi fácil. O caminho até intervenção coronariana percutânea (ICP) que conhecemos hoje foi árduo.

E claro, tudo começou pela angioplastia com balão. A primeira foi realizada pelo alemão Andreas Gruentzig, em 1977, na Suíça.

🫠 Fun fact: esse procedimento que viria a mudar o curso do tratamento da doença arterial coronária (DAC) foi digno, a princípio, de um pôster em congresso rs.

Em 1978, publicaram a nova técnica realizada em 5 pacientes no The Lancet.

Compreendendo a Angioplastia por Balão

Já fofocamos demais, agora é hora de compreender o mecanismo, os resultados e os problemas dessa técnica de ICP.

  • Mecanismo:

    • A angioplastia por balão realiza a fratura e/ou dissecção da placa de ateroma para dentro da camada média do vaso, resultando em uma redistribuição da placa ao longo do vaso tratado. Além disso, dilata a artéria do seu lúmen até a lâmina elástica externa. 

  • Resultados:

    • Em 1979, Gruentzig publicou os resultados da ICP com balão em 50 pacientes não-operáveis. A técnica obteve sucesso em 32 deles, com redução média da estenose de 84% para 34%.

      • Convenhamos que, para as condições da época, em pacientes sem possibilidade cirúrgica, foram resultados bem animadores.

  • Onda está o problema?

    • Apesar dos bons resultados imediatos, a taxa de reestenose em 6 meses era desanimadora: 20%-30%.

    • Podemos resumir as dificuldades da ICP com balão em dois grandes vilões:

      • Recoil: é um fenômeno de retração elástica precoce que pode ocorrer imediatamente ou até alguns dias após a dilatação.

      • Reestenose: é resultado da cicatrização da injúria causada ao endotélio e camada média da artéria, ocasionando um remodelamento constritivo do vaso tratado, que ocorre dentro de meses após o tratamento.  

📝 Em resumo:

  • Pela alta taxa de insucesso a médio prazo, a recomendação da última diretriz de revascularização da ESC é de que angioplastia com balão deve ser realizada apenas em casos de impossibilidade de implante de stents.

  • E se o paciente precisar de curto período de DAPT ou cirurgia de urgência? A ICP com stents continua sendo a preferência!


A solução: stents metálicos

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