Autora: Maria Júlia Souto (cardiologista e especialista em imagem cardiovascular pelo Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia)
Um dia desses me vi naquela cena clássica de consultório: atender um casal.
Quem já passou por isso sabe como é. A consulta, que deveria ser individual, rapidamente se transforma numa mistura de disputa para ver “quem está pior de saúde” e uma sessão de terapia de casal rs.
Entre confissões, denúncias e acordos de cumplicidade, surge sempre a mesma queixa: o ronco. Claro que o(a) acusado(a) não deixa barato e logo devolve a denúncia.
O detalhe é que, por trás dessa “DR noturna”, pode estar escondido algo muito mais sério do que noites mal dormidas: pausas respiratórias e distúrbios do sono intimamente ligados às doenças cardiovasculares.
Nessa ocasião, pedi polissonografia para ambos, expliquei a gravidade da situação e a importância do diagnóstico e do controle. E pensei: “isso daria uma bela Prime!”
Nesta edição, vamos revisar de forma prática como diagnosticar os distúrbios respiratórios do sono, suas causas, opções de tratamento e, o que mais importa para nós, cardiologistas, suas repercussões nas comorbidades cardiovasculares.
📚 Para guiar a conversa, trago como base a revisão publicada no JACC em 2021 (o olhar do cardiologista) e o Consenso em Distúrbios Respiratórios do Sono da Sociedade Brasileira de Pneumologia de 2022 (a visão do pneumologista).
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