Tratamento da IC com FEVE Preservada
Como tratar um entidade tão heterogênea?
Autor: Victor Bemfica (cardiologista e especialista em IC avançada e transplante cardíaco pelo Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia)
“Uma louca, uma deusa, uma feiticeira...ela é demais!”
Rick & Renner poetizaram a ICFEP e nem sabiam! rs
Uma doença única, porém de múltiplas facetas, que há anos vem transtornando a cabeça de estudiosos, que tentam encontrar uma via terapêutica ideal, capaz de cobrir todos os componentes fisiopatológicos dessa entidade.
❗ Calma lá!
Na edição passada, o nosso dozer-ecocardiografista Diandro Mota (Didico para os íntimos), explanou de forma muito clara sobre a jornada diagnóstica da Insuficiência Cardíaca de Fração de Ejeção Preservada, a famosa “ICFEP”. Hoje, traremos o foco para o tratamento!
Você pode se atrapalhar na condução terapêutica do seu paciente se não entender sobre a fisiopatologia, os mecanismos diagnósticos e as nuances conceituais do tema, como por exemplo achar erroneamente que doenças mimetizadoras de ICFEP (amiloidose cardíaca, cardiomiopatia hipertrófica, pericaridopatias constrictivas, etc), só pelo fato de apresentarem síndrome de IC e FEVE preservada.
Portanto, não deixe de ler a edição anterior. Está sensacional!
Como dissemos acima, saiba que a ICFEP é uma doença cuja síndrome envolve uma série de fenótipos e, consequentemente, pode se apresentar de várias e várias formas, tornando sua fisiopatologia complexa, indo muuuito além da disfunção diastólica!
Diante isso, é um grande desafio encontrar uma única intervenção medicamentosa que atue em todos esses fatores ao ponto de repercutir em melhores desfechos, como a tão sonhada redução de mortalidade.
Para nos mantermos na mesma linha de raciocínio, seguiremos as referências do último consenso americano de ICFEP (ACC/AHA/HFSA 2023), temperando de forma adicional com algumas novas evidências extras e, claro, com a nossa visão prática de tudo isso.
São 3 os pilares de ação para o tratamento da ICFEP:
Controle as comorbidades do seu paciente e estratifique o risco para o desenvolvimento de ICFEP;
Invista ativamente na terapia não farmacológica;
Sem esquecer dos tópicos acima, prescreva de forma adicional as medicações envolvidas na terapia modificadora da doença (TMD), sempre se apoiando no fenótipo do seu paciente.
Vamos falar sobre cada um deles!
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