Trombólise por catéter no TEP • Disjunção do anel mitral • Revisão de Miocardite
Nem só com anticoagulantes tratamos um TEP
TEP - Indo além da Anticoagulação
Artigo de Revisão
Tenho certeza que você já precisou anticoagular um paciente com Tromboembolismo Pulmonar (TEP). Talvez já tenha precisado trombolisar. Mas e quando nada disso funciona?
É o momento de conversarmos sobre a trombólise direcionada por cateter.
Revisão publicada na Eurointervention traz orientações quanto ao uso das principais terapêuticas no tratamento do TEP.
Em resumo, quando devemos pensar na trombólise guiada por cateter:
Falha da anticoagulação em pacientes de risco intermediário-alto.
Falha ou contraindicação de trombólise em pacientes de risco intermediário-alto e alto risco.
Como bônus, essa semana saiu o resultado do trial CANARY, que comparou trombólise guiada por cateter vs anticoagulação sozinha em pacientes com TEP e risco intermediário a alto, demonstrando benefício da terapia invasiva.
Com um detalhe: o estudo foi interrompido precocemente por causa da pandemia e teve somente 94 pacientes.
Será que, em alguns anos, teremos melhores evidências para uso mais rotineiro dessa terapia?
ALERTA! Artigo de revisão imperdível!
Artigo de Revisão
E é sobre miocardites!
A Dra. Cristina Basso, da Universidade de Pádua-Itália, publicou uma bela revisão sobre miocardites no NEJM.
São apresentados os aspectos epidemiológicos, etiologias, apresentações clínicas, bem como sugestão de investigação diagnóstica e manejo clínico.
Destaques da Doze:
Os avanços em diagnóstico foram notórios nos últimos 20 anos com a evolução da ressonância magnética cardíaca e o advento da troponina ultrassensível;
Na prática clínica, grande parte dos casos serão diagnosticados e manejados a partir dos sinais e sintomas associados aos achados de imagem e exames laboratoriais, sem a necessidade de biópsia endomiocárdica.
Ainda traz as principais indicações de biópsia, imunossupressores e quando partir para o suporte mecânico circulatório.
Valva mitral, a problemática.
Artigo Original
Se fizermos um ranking das valvas mais problemáticas, a mitral está facilmente no topo. É prolapso, calcificação, ruptura de cordoalha…
O problema da vez é a disjunção do anel mitral (MAD) - até a sigla deixa clara a loucura.
A MAD é definida pelo deslocamento da inserção no anel mitral, distanciando a base atrial do músculo do ventrículo esquerdo, em pelo menos 1 mm.
Esse achado tem sido associado a arritmias e ao risco de morte súbita.
Grande coorte britânica revisou mais de 2000 ressonâncias magnéticas cardíacas em busca da disjunção do anel mitral.
Pasmem: eles encontraram em 76% das ressonâncias avaliadas.
Mas, calma: somente a disjunção inferolateral (observada em apenas 5% dos casos) é associada a complicações clínicas como Prolapso de Valva Mitral, arritmias e fibrose miocárdica.
Inclusive, apenas 6 pacientes tiveram registros de arritmias ventriculares durante o seguimento.
Ou seja, quem procura acha! A disjunção do anel mitral se mostrou um achado comum, principalmente anterior ou inferior.
No entanto, é com a inferolateral que devemos nos preocupar e procurar complicações como prolapso valvar e arritmias.
O maior evento de cardiopatia estrutural do país
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Por falar em valvas…
⏳ Restam apenas 5 dias para o maior evento de cardiopatia estrutural do país.
O SPValve 2022, que acontecerá essa semana nos dias 28 e 29 de outubro, promete revolucionar o aprendizado da cardiologia - com uma estrutura inovadora.
E, para que você não tenha mais desculpas para não participar, a Doze fechou uma parceria com o The Valve Club e trouxe 30% DE DESCONTO 💃🏻 nas inscrições através do nosso link.
Lembramos que será um evento híbrido, presencial e online, no qual os participantes serão imersos em surpresas que envolvem Network e Hands-On com simulações no ambiente metaverso.
A Doze já confirmou presença. E você? Clique aqui e se inscreva!
Dormir ou fazer atividade física?
Caiu na Mídia
Acreditem, a resposta foi dormir.
E não somos nós que estamos dizendo isso! Uma matéria publicada no jornal Globo trouxe esse título, após a AHA incluir uma boa noite de sono dentre os 8 essenciais para a saúde cardiovascular.
Não cancele seu plano da academia ainda.
Na verdade, isso tudo é consequência de um estudo da Universidade de Columbia, com mais de 2000 pacientes, que demonstrou que < 7h de sono por noite esteve associado a obesidade, HAS, DM2 e, como consequência, ao aumento do risco cardiovascular.
No fim, os 8 essenciais são: parar de fumar, comer bem, fazer atividade física, controlar a PA, não engordar, comer menos açúcar e dormir bem.
Boa sorte em conciliar essa vida perfeita de blogueira do Instagram que o AHA quer com os plantões, residência/fellow, estudo...
Imagem da semana
Essa é uma reconstrução em 3D de uma Angiotomografia de Coração de um recém-nascido de 1 mês de idade com Anel Vascular. Essa patologia ocorre quando o arco aórtico e seus ramos circundam completa ou incompletamente a traqueia e/ou o esôfago.
No caso acima, vemos um exemplo de duplo arco aórtico balanceado (que corresponde a 30-50% dos aneis vasculares).
Fique por dentro
⛓️ O estudo OCEAN-TAVI demonstrou pior prognóstico após implante transcutâneo da valva aórtica em pacientes que se mantiveram com hipertensão pulmonar mesmo após o procedimento.
✂️ Estudo canadense publicado no JACC demonstrou a história natural da dissecção coronária espontânea.
🩸 Conhece os novos anticoagulantes que estão por vir? Checa essa revisão do EHR de anticoagulantes inibidores do fator XI.
📝 Saiu uma revisão completa de miocardiopatia restritiva, publicada no EHR!
💪🏼 O coração e seus vizinhos: estado da arte publicado no JACC demonstrou a importância da função diafragmática no manejo cardiovascular.
⛓️ Alô hemodinamicistas em formação, vejam essa revisão orientando métodos para maior segurança nos acessos vasculares.
😴 Revisão sistemática publicada na Nature associou distúrbios respiratórios do sono com aumento do risco de eventos cardíacos.