Valva mitral e o risco de morte súbita
O que o Prolapso da Valva Mitral e a Disjunção do Anel Mitral têm a ver com arritmias?
Você já deve ter atendido um paciente com o diagnóstico, ou pelo menos a suspeita, de disjunção do anel mitral (do inglês mitral annular disjunction - MAD).
Mas já experimentou escrever esse termo em inglês no PubMed? Esse é o gráfico de resultados:
Ou seja, era um diagnóstico praticamente inexistente há 10 anos, que estourou nos últimos 5 anos.
A fórmula da fama é: há uma crescente associação entre o prolapso de valva mitral (PVM) e a MAD com o risco de arritmias graves e morte súbita (MS), principalmente em pacientes jovens.
O risco estimado de arritmias e morte súbita em pacientes com PVM foi de 0,2-1,9%, segundo revisões recentes.
É essa relação entre as alterações na valva mitral e o risco de arritmias que vamos discutir na DozeNews Prime de hoje.
Vamos falar de definições
O que é essa patologia que está nos deixando loucos (MAD)?
Desculpem-nos, piada pronta a gente não deixa passar rs.
O documento mais completo sobre o tema é um consenso publicado no ano passado pela sociedade europeia de arritmia (EHRA), e será a nossa principal fonte nessa revisão.
A MAD é definida como uma separação sistólica entre o miocárdio ventricular e o anel mitral que sustenta o folheto mitral posterior.
E qual a sua relação com o PVM?
Primeiro, não confunda a MAD com o PVM. Esse é definido como o deslocamento superior dos folhetos da valva mitral em pelo menos 2 mm além do anel valvar, durante a sístole ventricular. Veja a diferença:
O PVM está associado a 2 etiologias principais:
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