Com todo o frisson causado pelo subestudo do REVIVED-BCIS2 apresentado no ACC há poucas semanas, percebemos que é chegada a hora: precisamos compreender a viabilidade miocárdica.
Vamos entender o conceito
Nosso primeiro objetivo aqui será esclarecer alguns conceitos que confundem bastante a nossa cabeça.
📝 Esse estado-da-arte de 2021, publicado no JACC, é um dos melhores artigos para destrinchar bem esse tema
Precisamos compreender que um certo segmento miocárdico pode não contrair por 2 motivos: ou já está “morto” com áreas cicatriciais representadas pela fibrose de substituição; ou é um miocárdio com células viáveis, porém não funciona bem por algum dos dois motivos abaixo:
Ele pode ser um miocárdio atordoado:
O coração sofreu um evento isquêmico e esse segmento, apesar de bem perfundido, ainda não se recuperou completamente.
Ou seja, ele está bem, só precisa de um tempo para se recuperar - esse é o morri, mas passo bem.
Perceba aqui um ponto muito importante: esse segmento miocárdico não tem isquemia. Essa é uma disfunção transitória, você não tem o que corrigir no momento.
Pode ser um miocárdio hibernante:
Esse segmento está vivo, mas mal perfundido. Para economizar metabolismo, ou seja, para reestabelecer o balanço oferta-demanda, ele reduz a sua função contrátil - esse é o queria ⭐ morta.
Então, se corrigirmos a isquemia crônica desse segmento, conseguiremos fazer ele recuperar a sua função.
Veja essa figura para compreender definitivamente a diferença entre esses dois conceitos:
E aqui está o principal conceito para entender todo o resto a partir de agora:
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