Novo consenso do ACC sobre IC descompensada
E ainda hoje: lançamento do DozeTEC com desconto de 50%!
Na edição de hoje:
🏥 Consenso do ACC sobre o manejo e seguimento de pacientes hospitalizados com IC.
🥇 Atletas com tônus vagal aumentado e bradicardia podem precisar de marcapasso.
🔥 Análise do ISCHEMIA demonstra o impacto prognóstico da carga de placa.
Questões, questões e mais questões: o segredo para ser aprovado(a) no TEC
Pode tocar a música da Xuxa, porque a Doze por Oito está fazendo aniversário! 🎉🎉
Como você já deve ter percebido (ao receber esse e-mail às 12h08), adoramos essa ideia de números e datas especiais rs.
Por essa razão e para dar a vocês um belíssimo presente:
Hoje é o dia do lançamento do DozeTEC, o nosso curso preparatório para a prova de título em cardiologia (TEC)!
📆 Hoje às 20h18 teremos uma live no Instagram e no Youtube que trará todas as informações sobre o curso e dicas para a prova.
E incluindo um desconto exclusivo para quem participar com a gente. Marca na agenda!
Sempre pode piorar
Consenso ACC
Worsening heart failure. O Dozer mais antenado sabe muito bem da importância dessa condição: temos uma DozeNews Prime inteira sobre o tema!
O fato é que a cada descompensação o paciente com IC FER piora o seu prognóstico: aquele que interna tem um risco de 20-30% de evoluir a óbito em 1 ano.
E aqui entra a pergunta de milhões: qual a melhor forma de compensar e conduzir esse paciente no pós-alta de forma a reduzir esse risco?
Para reforçar a importância desse tema, foi publicada essa semana no JACC uma atualização acerca da Avaliação Clínica, Manejo e Trajetória de Pacientes Hospitalizados com Insuficiência Cardíaca.
Vamos ver alguns dos pontos principais desse documento:
A importância da terapia com inibidores da SGLT2 durante toda a internação:
Sim, sempre eles! E agora bem respaldados: estudos como SOLOIST-WHF, EMPAG-HF, DAPA-Resist e muitos outros, demonstraram a segurança o início dos iSGLT2 durante a internação desde que estabilidade clínica.
Além do benefício em redução de eventos a longo prazo, esses estudos ainda demonstraram significativa melhora no débito urinário e na descongestão, reduzindo, assim, o período de internação.
A boa tolerabilidade dos antagonistas miralocorticoides e dos inibidores da SGLT2:
Essas classes de drogas são bem toleradas e podem ser iniciados a qualquer momento durante a internação, sem efeitos significativos na redução da pressão arterial, permitindo uma implementação flexível e segura no manejo da insuficiência cardíaca.
Já os beta-bloqueadores e os iECA/BRA/ARNI devem ser iniciados no contexto de estabilidade clínica, pressórica e da função renal:
Apesar de representarem a base do tratamento da IC FER, o seu início e titulação durante a internação precisa ser mais cuidadoso, em consequência dos seus efeitos hemodinâmicos e renais.
Há, ainda, uma recomendação de tentar a inclusão dos ARNI (sacubitril-valsartana) no manejo do paciente com IC FER, seja na primoterapia ou como substituto ao iECA/BRA, desde que haja tolerância.
O seguimento pós-internação, com retorno ambulatorial precoce e/ou telemedicina.
É essencial um retorno ambulatorial precoce e/ou uso de telemedicina para monitorar a eficácia do tratamento e a adesão medicamentosa do paciente. Isso ajuda na identificação precoce de quaisquer problemas e ajustes necessários no regime terapêutico, promovendo uma melhor gestão a longo prazo da condição do paciente.
A importância dos cuidados paliativos.
Os cuidados paliativos desempenham um papel crucial, especialmente para pacientes com trajetórias clínicas complexas e aqueles em estágios avançados da doença.
A abordagem focada em cuidados paliativos ajuda a alinhar os tratamentos com as preferências e valores do paciente, garantindo uma qualidade de vida melhor e cuidados mais humanizados.
Por fim, guarde bem a imagem abaixo, para lembrar da importância do manejo adequado da IC em todos os seus estágios e do seu impacto sobre o desfecho clínico do paciente:
Vai fazer uma maratona de ski? Pode acabar com um marca-passo…
Coorte (Circulation)
🥇 Em clima de final de Olimpíadas…
Imagine o seguinte: você treina duro, corre, pedala, nada, faz aquela rotina pesada na academia e, depois de anos suando a camisa, descobre que seu coração está batendo mais devagar que a fila do Detran em plena segunda-feira.
Pois é, a ciência acaba de revelar que todo esse esforço pode ter dado um nó no seu nó sinusal, e agora você pode acabar na fila para um marca-passo. Isso mesmo, você não leu errado.
Publicado na revista Circulation, um estudo sueco decidiu investigar o que acontece com os corações daqueles que participam de uma das maiores provas de resistência do mundo, o Vasaloppet – uma maratona de esqui que, claro, é coisa de sueco.
Eles acompanharam mais de 200 mil esquiadores e compararam com um grupo ainda maior de pessoas que preferem ficar longe da neve, só para descobrir que os mais competitivos e dedicados acabavam mais frequentemente com bradicardia e indicação de marca-passo.
Mas, antes de você pensar que a prática de exercícios é o vilão da história, aqui vai uma curiosidade: enquanto os esquiadores tinham uma chance maior de precisar de um marcapasso, eles também tinham uma chance bem menor de óbito do que os sedentários.
Ou seja, o coração podia estar em ritmo de valsa lenta, mas continuava tocando o samba da vida por mais tempo!
E não pense que as mulheres ficaram de fora dessa análise. As esquiadoras que participaram do Vasaloppet não mostraram a mesma tendência dos homens para bradicardia ou necessidade de marca-passo. Talvez o segredo esteja em saber quando dar uma pausa para tomar aquele cafezinho?
A conclusão deste estudo? Se você é daqueles que corre maratonas, pedala quilômetros e nada como se estivesse fugindo de um tubarão, seu coração pode acabar pedindo uma ajudinha extra.
Mas, ei, pelo menos você vai viver para contar a história!
Então, talvez seja hora de revisar a rotina de treinos e lembrar que, de vez em quando, desacelerar um pouquinho faz bem. Afinal, quem disse que um coração saudável não pode ter um ritmo mais relax?
Falem bem ou falem mal, mas falem de mim!
Subanálise ISCHEMIA (ESC)
O tão debatido ISCHEMIA trial (amado por uns e odiado por outros, é verdade…) dá as caras novamente para afirmar o conceito de carga de placa!
Se você não está entendendo nada, vamos por partes...
Foi publicada uma análise das angiotomografias coronárias (angioTC) do estudo, estratificando os pacientes de acordo com a carga de placa e a sua relação com o desfecho clínico em 5 anos.
Spoiler alert: a carga de placa elevada associou-se a maior número de mortes e IAM!
A análise incluiu 3711 pacientes com angiotomografias elegíveis, com um follow up médio de 3,4 anos.
Os principais resultados:
A carga de placa correlacionou-se a pior prognóstico no período analisado.
A adição de carga de placa ao escore clínico melhora modestamente o poder de discriminação deste.
Clinicamente nossa conduta não deve mudar em função de um resultado deste.
Mas é importante reforçar a importância do conceito de carga de placa para pacientes com e sem doença obstrutiva!
“Sugar-free” é a solução?
Caiu na mídia
“Corte o açúcar”. Será que essa é a orientação correta para os pacientes com fatores de risco cardiometabólicos?
Uma matéria publicada no Medscape traz luz a essa questão ao apresentar um estudo publicado na revista “Arteriosclerosis, Thrombosis, and Vascular Biology", na qual o consumo de um substituto do açúcar, o eritritol, levou a piores desfechos trombóticos.
Esse que é considerado um adoçante natural do mesmo grupo do stevia e o xilitol, está presente em diversos alimentos “zero açúcar” do nosso dia a dia.
O estudo, que envolveu 10 participantes saudáveis que consumiram 30 gramas de eritritol, demonstrou aumento da agregação plaquetária e marcadores de atividade plaquetária 30 minutos após o consumo.
Dessa forma, ao orientar a redução do consumo de açúcar para prevenir eventos cardiovasculares, podermos estar fornecendo uma substância com potencial de aumentar o risco de trombose e, consequentemente, da cascata tromboembólica.
Por outro lado, alguns dos defensores do eritritol argumentam que a dose de 30 g é muito alta, e fora do consumo habitual (de fato, 1 sachê vai ter no máximo 5 g da substância).
Esse é, ainda, um estudo preliminar e necessitamos de dados mais robustos para indicar de fato os riscos dessa substância.
Mas já reforça a necessidade de um entendimento mais profundo sobre o impacto dos adoçantes na saúde, sugerindo riscos potenciais a longo prazo. O cuidado na orientação dos nossos paciente é essencial.
Toda substância pode ir de uma solução a um problema, tudo depende da quantidade.
Imagem da Semana
Quem não gosta de um desafio diagnóstico?
Vamos ao caso clínico: paciente comparece ao PS com dispneia, dor torácica e sinais de descompensação da IC. Como antecedentes, tem DAC já com história de cirurgia de revascularização prévia e aneurisma de VE com trombo resolvido previamente com anticoagulação.
Um giro pelas principais publicações
⚖️ Qual a relação entre a doença aterosclerótica e o espasmo coronário? Descubra nesta interessante revisão do JACC.
💊 Sempre ela: Dapaglifozina parece aumentar a complacência arterial e venosa no exercício de pacientes com ICFEP.
🪀 Valve in Valve Mitral: resultados atuais mostram a importância da experiência do centro e o peso do risco cirúrgico do paciente.
🦀 Escore para predição de cardiomiopatia por antracíclicos é lançado pela Sociedade Internacional de Cardio-Oncologia!
🧪 Na mesma onda oncológica, publicada possibilidade de monitorização do risco de miocardite por meio da dosagem de troponina em pacientes em uso de inibidores do checkpoint imunológico.
🗡️ A realização de cirurgia bariátrica melhorou significativamente a isquemia microvascular em pacientes obesos.
🩸 Apixabana em baixa dose mostrou-se com mais eficácia e segurança que a DAPTnos primeiros 3 meses após oclusão do apêndice atrial esquerdo.